Novas Perspectivas sobre Crescimento Econômico
Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt foram agraciados com o Prêmio Nobel de Economia de 2025 por suas pesquisas que detalham como a inovação impulsiona o crescimento econômico. A premiação foi anunciada nesta segunda-feira (13) pela Real Academia Sueca de Ciências, destacando a relevância de suas descobertas no contexto econômico atual.
O prestigioso prêmio, oficialmente conhecido como Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, está avaliado em 11 milhões de coroas suecas, o que equivale a aproximadamente 1,2 milhão de dólares. Esta quantia não apenas reconhece o mérito acadêmico dos laureados, mas também destaca a importância crescente da inovação nas economias contemporâneas.
Pesquisas Fundamentais para Compreender a Inovação
Entre as contribuições significativas, Joel Mokyr baseou seus estudos em fontes históricas para investigar as causas do que caracteriza o crescimento econômico sustentado, algo que, segundo ele, se tornou o novo normal. O pesquisador propõe que, para que as inovações se sucedam de maneira autogerada, não basta compreender que um conceito ou produto funciona. É essencial também entender as razões científicas por trás de seu funcionamento. Além disso, Mokyr ressalta a necessidade de uma sociedade disposta a aceitar novas ideias e mudanças, enfatizando o papel crucial da abertura social nesse processo.
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Por outro lado, Philippe Aghion e Peter Howitt exploraram os mecanismos subjacentes ao crescimento sustentado. Em 1992, a dupla desenvolveu um modelo matemático sobre o fenômeno da destruição criativa, que ocorre quando um produto mais inovador e eficiente substitui outro já existente no mercado, resultando em perdas para as empresas que comercializam as versões ultrapassadas. A Real Academia Sueca de Ciências explica que, de várias maneiras, os laureados mostram como a destruição criativa provoca conflitos que precisam ser geridos de forma construtiva; caso contrário, a inovação pode ser impedida por corporações tradicionais e grupos de interesse que temem por seus próprios interesses.
Perfis dos Laureados
Joel Mokyr, nascido em 1946 na cidade de Leiden, na Holanda, obteve seu doutorado em 1974 pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e atualmente leciona na Universidade Northwestern, em Illinois. Philippe Aghion, que nasceu em 1956 em Paris, França, completou seu doutorado em 1987 na Universidade Harvard. Aghion é professor no Collège de France, no Instituto Europeu de Administração de Empresas e na London School of Economics and Political Science. Já Peter Howitt, natural do Canadá e nascido em 1946, possui doutorado pela Universidade Northwestern, onde se formou em 1973, e atualmente é professor na Brown University, em Rhode Island.
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A História do Prêmio de Economia
O Prêmio Nobel de Economia foi estabelecido por Alfred Nobel, inventor da dinamite, em seu testamento, e tem sido concedido desde 1901, embora tenha enfrentado interrupções devido a guerras mundiais. O prêmio econômico, por sua vez, foi criado posteriormente, com a sua primeira atribuição ocorrendo em 1969 a Ragnar Frisch, da Noruega, e Jan Tinbergen, da Holanda, pelo trabalho em modelagem econômica dinâmica. Vale lembrar que Nikolaas Tinbergen, irmão de Jan, também foi laureado, recebendo o prêmio Nobel de Medicina em 1973.
Embora muitos premiados não sejam amplamente conhecidos fora do meio acadêmico, alguns economistas ganharam notoriedade, como Ben Bernanke, ex-presidente do Federal Reserve dos EUA, Paul Krugman e Milton Friedman. No ano passado, o prêmio foi concedido a Simon Johnson, James Robinson e Daron Acemoglu, que investigaram a relação entre colonização e a formação de instituições públicas, buscando entender por que algumas nações permanecem presas à pobreza por longos períodos.