Preocupações sobre Segurança Nacional
Uma reportagem recente destacou as preocupações da Casa Branca em relação aos laços do Alibaba com o Exército de Libertação Popular da China. Essas alegações surgem em um momento crítico, pois a gigante do e-commerce está intensificando suas iniciativas para competir no mercado global de inteligência artificial.
De acordo com o jornal, um memorando da Casa Branca alega que a empresa chinesa teria oferecido capacidades tecnológicas às Forças Armadas da China, o que, segundo a avaliação dos EUA, constitui uma ameaça à segurança nacional. Embora o documento não especifique quais seriam os alvos do Exército chinês nos Estados Unidos, as preocupações são claras.
O relatório também indica que o Alibaba teria fornecido dados críticos a instituições governamentais e militares da China, incluindo endereços de IP e registros de pagamento, o que levanta questões sobre a proteção de dados de usuários fora da China.
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Em resposta, um porta-voz do Alibaba negou as alegações, afirmando que as insinuações são ‘completamente falsas’. O representante da empresa ainda questionou a motivação por trás da divulgação das informações, sugerindo que se trata de uma ação maliciosa visando desestabilizar o recente acordo comercial entre os EUA e a China.
A Reação da China e o Cenário Atual
O Alibaba não se manifestou imediatamente sobre as suas relações com o Exército de Libertação Popular, e tanto a Casa Branca quanto a CIA se negaram a comentar o assunto. Em contrapartida, a embaixada chinesa nos EUA acusou as autoridades americanas de ‘distorcer fatos’, destacando que a China vem adotando legislações para proteger a privacidade e a segurança dos dados utilizados em suas iniciativas de inteligência artificial.
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Em meio a essa polêmica, o Alibaba está se preparando para reformular seu principal aplicativo de inteligência artificial, buscando torná-lo mais competitivo em relação ao ChatGPT, da OpenAI. Outros competidores chineses, como a startup Minimax, também estão investindo em modelos de IA avançados, refletindo uma intensa corrida entre empresas para dominar o setor.
No entanto, o Alibaba e diversas empresas chinesas, como Huawei e ByteDance, têm enfrentado um aumento da vigilância por parte das autoridades americanas. Essas empresas são frequentemente vistas como extensões do governo de Pequim, levando a preocupações sobre a segurança nacional dos EUA.
Legislação e Pressão sobre Empresas Chinesas
A Huawei, por exemplo, já está sob restrições significativas nos EUA, e o TikTok corre o risco de ser banido a menos que a ByteDance venda suas operações no país até 2024. Além disso, legisladores americanos levantaram preocupações sobre a parceria do Alibaba com o Comitê Olímpico Internacional, alegando que tal colaboração pode representar um risco para os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028.
Recentemente, os presidentes republicanos dos comitês da Câmara que supervisionam a China e a segurança interna expressaram suas reservas sobre o acesso do Alibaba à infraestrutura local durante os Jogos Olímpicos. Os representantes John Moolenaar e Andrew Gabarino, em carta dirigida à secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, destacaram que a empresa já teve acesso substancial a sistemas críticos por meio de sua oferta de serviços de nuvem e e-commerce nas Olimpíadas anteriores.
Os congressistas enfatizaram que esse acesso pode ser ampliado pela influência do Partido Comunista Chinês sobre empresas baseadas na China, especialmente em um momento de crescente tensão geopolítica em torno da tecnologia. Moolenaar, que preside o Comitê Seleto da Câmara sobre a China, já havia solicitado a exclusão do Alibaba e de outras empresas chinesas da bolsa americana, alegando que seus vínculos com as agências militares da China comprometem a segurança nacional dos EUA.
