Diferenças entre Dólar Comercial e Dólar Turismo
Ao planejar uma viagem internacional ou ao lidar com produtos adquiridos no exterior, muitos se deparam com as cotações do dólar comercial e do dólar turismo. Mas qual a real diferença entre esses dois tipos de cotação e que fatores devem ser considerados na hora da compra?
Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, esclarece que “o dólar comercial é a taxa oficial utilizada entre instituições financeiras, servindo como base para operações de comércio exterior, mercado interbancário e transações de investimento. Seu valor é definido livremente pelo mercado, levando em conta a oferta e a demanda por moeda estrangeira.”
Por outro lado, o dólar turismo é uma taxa que reflete o valor médio cobrado por bancos, corretoras e casas de câmbio na venda de dólares ao consumidor final – seja em espécie, em cartões pré-pagos ou em remessas para o exterior – utilizando o dólar comercial como referência. Essa cotação inclui fatores como margem de lucro, custos operacionais e tributos, incluindo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Referência para Compras de Dólar
Leia também: Acre é o 24º em Investimentos Públicos em 2025: Desempenho e Desafios
Fonte: acreverdade.com.br
Leia também: Queda nas Exportações: Brasil Enfrenta Declínio de 40% na Balança Comercial
Fonte: omanauense.com.br
Para Shahini, ao realizar viagens internacionais, o cidadão comum deve considerar o dólar turismo como a referência principal. No entanto, é preciso estar ciente das variações que podem ocorrer. “O preço efetivo de compra pode variar dependendo do local onde o dólar é adquirido, pois essa taxa inclui outros custos, como a margem de lucro da instituição, despesas operacionais e encargos financeiros,” acrescenta.
Quando se fala em investimento, o dólar comercial é geralmente mais utilizado, especialmente em virtude da diferença nas alíquotas do IOF entre as finalidades de uso. “Enquanto para as viagens internacionais o imposto é de 3,5%, nas remessas destinadas a investimento a alíquota é reduzida para 1,1%. Além disso, operações de câmbio voltadas para investimento frequentemente envolvem valores maiores, o que geralmente resulta em uma taxa de intermediação mais baixa cobrada pelas instituições financeiras,” explica Shahini.
Fatores a Considerar na Cotação do Dólar
Leia também: Queda no Preço do Azeite: Entenda os Motivos da Redução de 14% em um Ano
Fonte: amapainforma.com.br
Ao fazer a cotação do dólar, é fundamental considerar alguns aspectos que podem influenciar a melhor escolha. O especialista comenta que “o comprador deve estar atento ao método de aquisição dos dólares, pois isso pode impactar no custo final. Com as recentes mudanças no IOF, as alíquotas para dinheiro em espécie, cartões de crédito e cartões pré-pagos foram unificadas em 3,5%”.
Além do IOF, o comprador deve entender qual é o spread, que é a diferença entre o preço de compra e o de venda do dólar cobrado pela instituição financeira. “De maneira geral, percebe-se um spread menor em cartões pré-pagos, enquanto as transações em espécie e via cartão de crédito tendem a ter custos mais elevados, o que pode resultar em diferenças significativas no valor final pago pelo cliente,” conclui Bruno Shahini.