Iniciativa do Ibama em Comunidades Indígenas
No período de 14 a 17 de outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conduziu uma ação significativa de educação ambiental nas comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. Com a proposta de sensibilizar sobre os impactos do uso de agrotóxicos, a iniciativa teve como foco quatro aldeias: Guassuty, Te’yikue, Guyraroká e Taquara. A equipe do Ibama/MS organizou atividades que incentivaram o diálogo e a reflexão acerca dos efeitos nocivos das substâncias químicas na saúde das pessoas, no meio ambiente e na cultura local.
As atividades, que englobaram desde oficinas educativas até rodas de conversa, foram elaboradas para estimular a participação ativa das comunidades. Na aldeia Guassuty, a oficina foi realizada na Escola Polo Municipal Indígena Arandu Renda Guarani/Kaiowá, onde 51 pessoas, incluindo representantes da Funai e Iagro, se reuniram para discutir o uso inadequado de embalagens de agrotóxicos e a importância do resgate de práticas culturais ancestrais.
A interação na comunidade Te’yikue também foi enriquecedora. Além das aulas na Escola Municipal Indígena Ñandejara Polo, a equipe técnica realizou visitas a nascentes e córregos que os próprios moradores indicaram como áreas preocupantes. Essa abordagem prática ajudou a mapear locais que poderão ser incluidos em um futuro projeto de restauração ecológica, com metas específicas para a recuperação dos recursos hídricos e a promoção da saúde ambiental na região.
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Troca de Saberes e Reflorestamento nas Aldeias
Em Guyraroká, as discussões foram centradas nas consequências do uso de agrotóxicos no corpo humano. Os participantes compartilharam experiências sobre os sintomas crônicos relacionados ao uso prolongado desses produtos. A partir desse intercâmbio de saberes, surgiu a proposta de um projeto comunitário de reflorestamento, com o intuito de recuperar áreas degradadas e reforçar a conexão da comunidade com a natureza.
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Encerrando a programação, a Aldeia Taquara, localizada em Juti, acolheu uma oficina que teve grande participação da comunidade local. Os líderes mobilizaram os moradores, oferecendo suporte logístico, incluindo alimentação durante as atividades. As ações realizadas foram voltadas para vivências agroecológicas, entrega de mudas e materiais educativos, estimulando o envolvimento da comunidade na busca por alternativas sustentáveis ao uso de agrotóxicos. A criação de uma associação para a produção de alimentos agroecológicos foi uma das propostas discutidas, visando um futuro mais sustentável.
Além das atividades práticas, a ação resultou em diagnósticos participativos em cada aldeia, permitindo que os moradores identificassem desafios, conflitos locais e parceiros atuantes. Esses diagnósticos foram essenciais para mapear as soluções e os recursos reconhecidos pelas comunidades, servindo como base para futuras atividades de educação ambiental e para o fortalecimento da autonomia indígena frente aos impactos causados pelo uso de agrotóxicos.

