Uma Homenagem Merecida
Em uma solenidade repleta de emoção, a atriz Regina Casé foi oficialmente reconhecida como Cidadã do Recife e de Pernambuco. O vereador Eriberto Rafael, que conduziu a cerimônia, destacou que Regina possui a essência artística do povo pernambucano. “Hoje, o Recife vive um daqueles momentos em que a cidade se olha no espelho da sua própria cultura e se reconhece”, declarou Rafael. Ele enfatizou o poder da arte, que tem a habilidade de revelar a identidade de uma nação. A trajetória de Regina, segundo o vereador, é marcada pela proximidade com as histórias e vivências que muitas vezes são deixadas de lado nos palcos tradicionais do país.
A associação da atriz com Pernambuco é profunda e afetiva. Seu avô, Ademar Casé, foi um dos pioneiros do rádio no Brasil, nascido em Belo Jardim e depois residindo em Caruaru. Com os títulos recebidos, Regina solidifica os laços que sempre teve com o estado e com a capital pernambucana, transformando a homenagem em um elo ainda mais forte entre sua história e a cultura local.
A Influência de Regina na Cultura Brasil
“Regina, você ajudou o Brasil a entender o Recife”, afirmou Eriberto Rafael. Ele ressaltou que a artista, ao longo de sua carreira, sempre esteve atenta às suas raízes e à cultura popular. Nascida no Rio de Janeiro em 25 de fevereiro de 1954, Regina Casé conquistou seu espaço no teatro, na televisão e no cinema, refletindo a diversidade cultural brasileira, especialmente a nordestina. Ela começou sua carreira no teatro aos 15 anos e, a partir de 1983, ingressou na televisão com a novela Guerra dos Sexos. Sua paixão por dar voz ao povo e às tradições culturais ficou evidente em programas como Programa Legal e Esquenta!, onde a cultura popular ocupava o centro das atenções.
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Durante a cerimônia, o vereador ressaltou que, quando o Esquenta! entrava na casa dos brasileiros, era como um reencontro do país consigo mesmo. Ele destacou como a produção ajudou a valorizar a cultura pernambucana, trazendo ao público o frevo, maracatu e outras tradições locais de maneira respeitosa e vibrante. O brega-funk, que emergiu das periferias, também foi valorizado como um fenômeno cultural legítimo. As paisagens do Recife se tornaram não só cenário, mas verdadeiros protagonistas na narrativa cultural que Regina ajudou a construir.
Reconhecimento e Emoções Compartilhadas
A entrega dos títulos, segundo Eriberto Rafael, vai além de uma simples homenagem. Trata-se de um reconhecimento sincero de Recife a alguém que representa a arte, a cultura e a luta do povo brasileiro. Regina, emocionada, revelou que agora pode deixar de ‘mentir’ sobre sua naturalidade, já que sempre foi vista como uma conterrânea. “Hoje, estou acertando algo que já era”, comentou, relembrando sua infância e momentos marcantes que passou na cidade ao lado de seu avô.
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A artista também ressaltou que a homenagem reafirma seu compromisso com a cultura, elogiando a fase atual do cinema pernambucano. Durante o festival, ela ficou impressionada com a vitalidade do cinema local e a importância do Cine São Luiz, que agora serve como um centro cultural em Pernambuco. “O Brasil tem uma vocação para cinema e estamos retormando isso. Pernambuco e o Recife estão na vanguarda dessa nova era”, afirmou Regina.
O evento foi ainda mais especial com a presença da Banda de Pífanos Zabumba do Mestre Chiba e do Coral Vozes de Pernambuco, que abrilhantaram a cerimônia. O deputado João Paulo, que presidiu a solenidade, esteve ao lado de outras figuras importantes, como a secretária de Cultura, Milu Megali, e a cantora Michele Melo, mostrando a relevância da celebração não apenas para Regina, mas para toda a cultura pernambucana.

