Desafios e Conquistas do Agronegócio em 2025
A edição de dezembro da Revista Pensar Agro já está disponível, trazendo uma reflexão sobre os principais acontecimentos de 2025 — um ano de incertezas que envolveu geopolítica agitada, tarifas desafiadoras, inflação crescente e tensões sanitárias. Apesar do cenário desafiador, o agronegócio brasileiro se destacou pela resiliência, mostrando que o Brasil continua a ser uma potência no setor.
A força política e técnica do Brasil permitiu que o país navegasse por um mar de dificuldades, diversificando mercados e liderando práticas sustentáveis em nível global. O agro brasileiro demonstrou, mais uma vez, uma força operacional sem igual, adaptando-se e superando as adversidades que surgiram ao longo do ano. Em meio a sustos e vitórias significativas, o agronegócio não apenas sobreviveu, mas também se destacou como um exemplo de inovação e garra.
Os números que fecham 2025 revelam a grandeza do setor: a revista alcançou uma presença em 51 países e quase 12 mil acessos, solidificando sua posição como referência mundial em jornalismo agro. Essa trajetória é um reflexo da força e da influência do agronegócio brasileiro no panorama global, um orgulho que se reflete na qualidade e na quantidade de produtos que o Brasil exporta.
Novidades na Revista Pensar Agro
Entre as novidades desta edição, destaca-se o lançamento da coluna Conexão França-Brasil, que será conduzida por Cristiane de Paula, presidente da Comissão Imobiliária da Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB) e sócia da Estate Brazil. Essa coluna promete unir a expertise jurídica e imobiliária do Brasil e da França, facilitando a conexão entre investidores e oportunidades de negócios nos mercados nacional e internacional.
Além disso, os colunistas da revista trazem análises críticas sobre os desafios e as oportunidades na cadeia produtiva do agronegócio, ajudando a interpretar os rumos de um setor que está em constante transformação e adaptação às novas realidades globais.
Adiados Acordos e Perspectivas Futuras
Em um contexto mais amplo, o aguardado acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que foi negociado por 26 anos, mais uma vez foi adiado e não será assinado em 2025. A falta de consenso entre os 27 países membros da União Europeia impediu que o acordo avançasse, mesmo com otimismo inicial por parte dos países sul-americanos. A cúpula do Mercosul, realizada no último sábado em Foz do Iguaçu, esperava contar com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para formalizar o tratado, mas o plano foi cancelado.
A Itália pediu mais tempo para avaliar o texto, solicitando algumas semanas extras para buscar uma maioria qualificada no Conselho Europeu. O chanceler alemão, Friedrich Merz, minimizou o atraso e previu que a assinatura poderá ocorrer no início de 2026, o que daria à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, tempo para consolidar apoio interno e lidar com resistência de países como a França.
As reações ao novo adiamento foram imediatas. A federação BDI, que representa a indústria alemã, alertou que a postergamento prejudica a credibilidade da União Europeia como parceira comercial. Em contrapartida, defensores do tratado destacam a importância do acordo para ampliação das exportações europeias, redução da dependência de importações da China e acesso a insumos estratégicos do Mercosul.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a decisão em plenária, afirmando que “sem vontade política e coragem dos dirigentes, será impossível concluir uma negociação de 26 anos”. Ele enfatizou as concessões feitas pelo Mercosul, como cotas para produtos agropecuários, e recebeu uma carta de von der Leyen prometendo que a aprovação ocorrerá em janeiro. Enquanto isso, o Brasil continua a se articular com outros países e a explorar novas oportunidades comerciais.
O dilema que se coloca agora é como o Mercosul pode diversificar seus parceiros comerciais e se preparar para as consequências desse adiamento. O agronegócio brasileiro tem um potencial estratégico com esse tratado, mas a realidade atual reforça a urgência de buscar novos horizontes no cenário comercial global.
