terça-feira, dezembro 2

Uma Nova Rota de Ecoturismo

O Brasil agora conta com a Trilha Amazônia Atlântica, uma impressionante extensão de 468 quilômetros, celebrada como a maior trilha sinalizada da América Latina. Este importante projeto de ecoturismo foi oficialmente lançado pelo Governo Federal na sexta-feira, 14 de novembro, durante a COP30, em Belém (PA), no estande “Conheça o Brasil”.

A trilha oferece mais do que um simples percurso; é uma proposta que mescla conservação ambiental, geração de emprego e experiências de lazer. Convidando os visitantes a mergulharem na rica cultura, história e biodiversidade do Pará, a trilha conecta diversos pontos de interesse, incluindo áreas protegidas e comunidades tradicionais. O objetivo é claro: atrair um número crescente de turistas internacionais e fortalecer o turismo local.

A secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, destacou a importância das comunidades locais no desenvolvimento da trilha. “Essa trilha traz à luz diversas comunidades, aquelas que produzem artesanato, preparam pratos típicos como o tacacá e oferecem comidas locais. Elas ganham visibilidade e, consequentemente, uma chance de expandir suas vendas e consolidar seu pertencimento territorial”, afirmou Lopes.

Uma Experiência Autêntica da Amazônia

Composta por sete trechos que abrangem 17 municípios e 13 áreas protegidas, a Trilha Amazônia Atlântica permite aos visitantes conhecer de perto o modo de vida dos extrativistas que habitam a região, como coletores de caranguejo e pequenos agricultores. O percurso proporciona uma vivência única da natureza, atravessando florestas exuberantes, manguezais e áreas de beleza estonteante.

O projeto foi concebido de forma a assegurar uma harmoniosa convivência entre conservação e turismo. Cada trecho da trilha é enriquecido com elementos culturais locais, possibilitando aos turistas não apenas a exploração dos cenários naturais, mas também uma imersão nas tradições e valores das comunidades que ali residem.

Valorização da Cultura Local

Para Ana Carla Lopes, a inclusão das comunidades locais é o principal pilar desta iniciativa. “A trilha não apenas proporciona uma experiência de turismo, mas também liga as pessoas ao seu território e à sua cultura. Com isso, conseguimos promover um desenvolvimento sustentável, capacitando mais indivíduos e gerando mais empregos”, explicou.

A proposta de unir conservação à experiência turística é um dos diferenciais da trilha. “A trilha não desmata, ela conserva. Com ela, podemos trazer mais desenvolvimento, pois emprega e capacita pessoas de forma sustentável”, completou a ministra.

Integração e Sustentabilidade

Na visão da conservação, Carla Guaitanele, diretora substituta de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, salientou que este projeto representa a essência da política pública. “As unidades de conservação existem para integrar territórios e pessoas. A Rede de Trilhas é uma política nacional que se fortalece ao nascer das comunidades, dos quilombolas e dos municípios envolvidos. Este é um exemplo claro de como o Brasil pode mostrar ao mundo a riqueza de seus aspectos ambientais, culturais e gastronômicos”, afirmou.

Detalhes do Percurso

A Trilha Amazônia Atlântica começa no centro histórico de Belém, passando por parques urbanos e áreas de mata até a Vila de Caraparu. Em seguida, o trajeto avança para Castanhal, atravessando quatro territórios quilombolas, e continua pela histórica Estrada Belém–Bragança, alcançando Capanema.

Depois, avança para Nova Olinda, cruza os Campos Naturais Bragantinos, passa por Bragança e Augusto Corrêa, até chegar em Viseu, na divisa com o Maranhão. O percurso culmina em um mirante da Serra do Piriá, onde os visitantes podem apreciar uma vista deslumbrante da Floresta Amazônica.

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