Um Mosaico Cultural

Iniciando nesta terça-feira (7) e se estendendo até o dia 12 de outubro, o 1º Festival de Cultura Popular de São Paulo promete uma imersão nas tradições e nas reinvenções da cultura brasileira, com mais de 50 atrações gratuitas. Organizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa em parceria com o Centro Cultural São Paulo (CCSP), o evento apresenta uma programação rica e diversificada, que inclui capoeira, jongo, maracatu, samba, forró, teatro, cinema, além de batalhas de rima e rodas de conversa.

Durante os seis dias de festividades, o CCSP receberá um elenco impressionante de artistas, entre eles a Mestra Janja, referência na Capoeira Angola da Bahia, Stela Nesrine, da Funmilayo Afrobeat Orquestra, e a liderança indígena Clarice Pankararu, da SOS Pankararu. A programação também contará com a presença da artista visual Claudia Rangel, que é renomada por sua pesquisa em xilogravura. O evento ainda traz ritmos vibrantes com DJ Thaíde, Siba, o mestre do forró, Lirinha do Cordel do Fogo Encantado, Gaspar Z’áfrica, Salloma Salomão e DJ Dolores, originário de Pernambuco.

Além disso, o festival celebrará encontros de congada, jongo e maracatu, enriquecendo ainda mais a experiência cultural do público. As quadrilhas juninas de Lagarto, em Sergipe, como Parafusos e Raio da Silibrina, também farão parte das festividades. Um dos momentos mais esperados será a festa em homenagem ao aniversário do ícone Tom Zé, com um show especial do artista, que promete emocionar os fãs.

Conexão entre Tradição e Modernidade

A direção do festival está sob a responsabilidade de José Mauro Gnaspini, diretor do CCSP, e a curadoria é de Julio Dojcsar, que busca promover um encontro harmonioso entre expressões culturais ancestrais e linguagens contemporâneas. Essa proposta inovadora visa não apenas a preservação das tradições, mas também a sua adaptação e ressignificação na atualidade. O projeto integra o edital de festivais promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, dentro da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), e é realizado pelo Instituto Global Attitude.

“Nosso objetivo é valorizar as culturas que emergem do chão, da oralidade, da memória e da resistência, mantendo sua essência vibrante nas periferias, nos terreiros e nas praças”, afirmou Gnaspini, destacando a relevância do festival para a valorização da diversidade cultural da cidade. O evento, portanto, se estabelece como um espaço de resistência e reafirmação da identidade cultural, onde todas as vozes têm um papel fundamental.

Ao reunir uma gama tão rica de expressões artísticas, o 1º Festival de Cultura Popular não apenas celebra a riqueza da cultura brasileira, mas também promove um importante diálogo entre passado e presente, entre tradição e inovação. Sem dúvida, será uma oportunidade única para o público vivenciar a pluralidade cultural que faz parte da história e do cotidiano de São Paulo.

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