A Importância do Monitoramento Cerebral em UTIs Neonatais
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal promoveu um debate crucial sobre a implementação de tecnologias de monitoramento cerebral em UTIs neonatais. Durante a audiência pública, especialistas e representantes do governo enfatizaram que o acompanhamento digital pode ser uma ferramenta vital para reduzir sequelas e melhorar a qualidade de vida de bebês em situações críticas. O repórter Henrique Nascimento traz os detalhes desta discussão.
Os especialistas argumentaram a favor da ampliação do uso de tecnologias que monitoram a atividade neurológica de recém-nascidos, especialmente aqueles que são prematuros ou que apresentam alto risco. O debate revelou que o monitoramento cerebral contínuo pode evitar danos permanentes ao sistema nervoso e promover um desenvolvimento infantil saudável.
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Fonte: olhardanoticia.com.br
A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, chamou a atenção para a necessidade de não apenas importar tecnologias de monitoramento já existentes, mas também de investir em pesquisa científica e na inovação brasileira. Ela acredita que o Brasil tem potencial para desenvolver soluções próprias no campo da saúde neonatal. ‘E a gente pode investir em pesquisa e essas pesquisas, essas novas tecnologias, esses novos meninos que estão chegando na universidade, desenvolverem tecnologia nossa, nacional, e a gente depois exportar. Não só salvarmos os nossos meninos, as nossas famílias, mas a gente também exportar a tecnologia’, afirmou a senadora.
A médica Letícia Pereira, presente na discussão, destacou a importância do monitoramento cerebral contínuo nas UTIs. Segundo ela, essa prática é fundamental para a detecção precoce de crises epiléticas e para a ação rápida em situações críticas. ‘O cérebro do recém-nascido é plástico, mas ele é também vulnerável. Então, cada minuto de atraso no diagnóstico de uma crise epilética, de uma hipóxia ou de uma disfunção metabólica pode fazer uma diferença significativa no potencial de desenvolvimento da criança’, ressaltou a Dra. Letícia.
Michele Manzoni, mãe de uma criança que passou por tratamento intensivo, também expressou sua opinião sobre a importância das tecnologias de monitoramento cerebral. Ela compartilhou sua experiência, enfatizando que a tecnologia pode fazer a diferença na vida das famílias. ‘A minha gratidão pelo monitoramento cerebral, pela tecnologia digital é enorme. É você sair do hospital com uma criança especial, porém essa criança tem o poder de fala, porque para uma mãe é extremamente importante que a criança consiga comunicar o que acontece’, afirmou Michele. ‘Então, tudo isso eu sou grata ao monitoramento cerebral e eu recebi isso no SUS.’
Esse tipo de tecnologia é especialmente relevante, visto que cerca de dez milhões de crianças ao redor do mundo nascem anualmente com alto risco de lesões cerebrais. A preocupação e a busca por soluções inovadoras na saúde neonatal são, portanto, fundamentais.